quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Projeto Interdisciplinar

Nosso projeto interdisciplinar contou com os integrantes do curso de letras (eu, Marina e Elisângela), Física (Delile), Biologia (Ronaldo) e Ciências Sociais (Bruno). Em função de um imprevisto do nosso colega Ronaldo, antecipamos a apresentação do nosso projeto. Porém, como a professora Nádie falou em uma aula, muitas vezes da falta de tempo surgem as melhores idéias.

 De início, pensamos na idéia da pegada ecológica, por ser um tema que dialoga com a preservação da natureza, tão discutida nos dias de hoje. A  pegada ecológica é a marca que todos nós deixamos ao habitar o planeta A pegada ecológica, segundo o site da WWF (world Wide Fund For Nature):  "é medida com uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais". Por fim, apresentaríamos dados com tamanho da pegada que cada país possui. Nossas propostas estavam todas se encaixando, mas precisávamos de uma liga para nossas idéias . Foi então que a história do Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Exupery, apareceu como solucionadora dos nossos problemas, um conector de idéias! 

Apesar de termos realizado nosso projeto em um tempo record, creio que conseguimos estruturar um plano interessante, coerente e capaz de englobar todas as disciplinas que necessitávamos. Ao apresentarmos nosso projeto em aula, nossos colegas comentaram que nosso plano poderia se estender por mais do que uma aula. Nos demos conta de que teríamos assunto o bastante para um semestre inteiro! Ainda estamos debatendo como ficará o nosso plano final.

Eu já havia dialogado sobre interdisciplinariedade em cadeiras anteriores, porém, essa foi a primeira proposta em que tive a oportunidade de ajudar a elaborar um Plano de aula. Foi uma experiência positiva, que me possibilitou ver que é possível criarmos aulas conjuntas com outros professores, aulas que não sejam apenas finitas em si mesmas! Basta estamos dispostos a trabalhar em equipe com nossos colegas. Por final, acredito que a proposta serviu para mostrar, para todo o nosso grupo, que a interdisciplinariedade não é um bicho de sete cabeças.

bibliografia:
  1. site da WWF: http://www.wwf.org.br/
  2. livro O Pequeno Príncipe (português) em pdf: http://educulturacorb.hd1.com.br/downloads/o_peq.principe.pdf
  3. site para calcular Pegada Ecológica: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/infograficos/2012/06/14/calcule-seu-impacto-no-ambiente-com-esta-calculadora-de-pegada-ecologica.htm

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

eu e as TICs

Minha primeira experiência com o computador foi aos quatro anos. Paint brush, minha paixão! Mostrava meus quadros para toda família. Eu, uma Van Gogh. Não compreendia as letras, agrupadas em pequenas cobrinhas no computador: grego, para mim.

Mais tarde surgiu algo curioso, i-n-t-e-r-n-e-t-e, nas palavras da minha avó. O barulho da discagem, o telefone que ficava inutilizado nos momentos em que acessávamos as páginas, era um admirável mundo novo e tudo que eu desejava era acessar o site dos Pokemons, para ficar admirando os personagens do desenho com a magia que somente os sete anos de idade nos proporcionam.


Não vi o Mirc chegar, mas o MSN roubou meu coração e todas as tardes livres que possuía. Escrevi quilômetros de paginas de conversa fiada. Trocava minha imagem de exibição regularmente, era o de extrema importância colocar fotos atualizadas. Sem saber, estava afirmando quem eu era, construindo minha identidade.

Aos doze, ganhei meu primeiro celular. Foi realmente um marco patra minha pré adolescência. Namorava meu Nokia, modelo 2220. Até hoje, nenhum ipod, ipad ou notebook me fez sentir o extase de possuir aquele pequeno tijolo azul bebê.

 Idéia da importância de tudo isso, dessa nova realidade, eu não possuia. Hoje, tão dependente do meu email, da "internete" tão falada pela minha avó, me dou conta que vi com os olhos criança, a ascenção desse imenso império digital.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O pacto invisível

O que é PROFISSIONALIDADE? Para a autora do livro Profissão docente, é uma união entre o termo profissão e personalidade.

Pessoalmente, passei a delirar sobre esse termo. A princípio me imaginei em aula, levantando a mão e declarando, em uma voz formal e monocórdia:

- Professor, não consigo deixar de perceber como resultado da sua profissionalidade é entediante.

ou o inverso:
 
- Querido professor, estou perdidamente apaixonada pela sua profissionalidade!
 
Me explico:
 
 A profissionalidade é o processo de formação de um profissional. Esse processo tem principio na formação inicial. Mas não possui fim!

Continuamos a construir a nossa profissionalidade até o resto do nossos dias como atuantes dessa profissão. Mais ou menos como uma sentença secreta, um pacto invisível:

- Julieta, serás professora até o fim. No espelho verás professora, e tua personalidade se atrelará de tal modo ao ser professora que atenderás por profe até debaixo do túmulo.
 
O que me levou a pensar:

Quando é que inicia esse "processo de formação incial"? Quando é que deixamos de ser Julieta para nos tornarmos Professora Julieta?
 
Arrisco um palpite: começamos antes.

Antes de saber que queremos, antes da inscrição no vestibular -  e, quem vai saber? - Antes mesmo de colocarmos o crachá do corpo docente.

A Sonia Penin também trata de um tema muito recorrente aos professores: satisfação pessoal.

Voltando ao meu delírio em forma diálogo com o professor:

No momento em que eu tenho vontade de criticar a profissionalidade do meu professor, eu estou julgando - mesmo que inconscientemente -  a sua satisfação pessoal!


(EI, professauro, o seu aluno nota que o senhor não é realizado na sua profissão!)

Admirar as aulas de um professor é admirar a sua profissionalidade. O seu trajeto.

Lendo Penin nas entrelinhas: É olhar para o professor e ver se ele ACREDITA. Se ele tem fé no que faz, na idéia que ele leva aos alunos.

Profissionalidade é um dia após o outro.

As minhas vivências vão formar a pessoa que sou. E essa pessoa fez um pacto invisível, atrelando profe ao seu nome.


Bibliografia:
 
  1. PENIN, Sonia. Profissão docente e contemporaneidade. In: PENIN, Sonia; MARTINEZ, Miguel; ARANTES, Valéria Amorin (org.) Profissão Docente: pontos e contrapontos.      São Paulo: Summus, 2009. p.15-40.

  1. 2 GARCIA, Maria M. A.; HYPOLITO, Álvaro M.; VIEIRA, Jarbas S. As Identidades Docentes como Fabricação da Docência. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 45-56, jan./abr. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n1/a04v31n1.pdf acessado em: 06/03/2012.  

domingo, 7 de outubro de 2012

Mapa conceitual sobre o texto Identidade e Diferença:

Em meu mapa-desenho, procurei retratar a situação dos sérvios e croatas. É através dessa situação que o conceito de identidade é trabalhado, e o que implica essa tal identidade.O livro de Tomaz Tadeu da Silva, Stuart Hall e Kathryn Woodward inicia-se com um texto do escritor e jornalista Michael Ignatieff, sobre as situação de guerra na antiga Iugoslávia.Nela, homens croatas e sérvios trocam tiros e ofensas, em uma batalha sangrenta. No entanto, segundo Michel:

“ Todo mundo conhece todo mundo: eles foram, todos à escola juntos (...) Todas noites, eles se comunicam pela radio “faixa  cidadão” e trocam insultos – tratando-se pelos respectivos nomes”

Ao questionar, para um sérvio, as diferenças existentes entre os sérvios e os croatas, o homem responde que tem nas mãos um cigarro sérvio. Do outro lado da batalha, fuma-se cigarros croatas.O homem que responde a questão parece perturbado, e por final, responde que todos são, sérvios e croatas, lixo dos Bálcãs.

Para os autores, esse depoimento retrata uma HISTÓRIA DE IDENTIDADES. As identidades adquirem sentido por meio da linguagem e dos sistemas simbólicos pelas quais são representadas (no caso, o cigarro sérvio serve de símbolo para os sérvios)

Seguindo este pensamento, a autora fala que a identidade é RELACIONAL, ou seja, a identidade depende de algo fora dela para existir. Os sérvios são não-croatas, e os croatas são não-sérvios . A identidade é marcada pela DIFERENÇA.

Essa diferença é sustentada pela exclusão. Se eu sou sérvia, não posso ser croata.

“Uma das formas pelas quais as identidades estabelecem suas reivindicaçõs  é por meio do apelo de antecedentes históricos:” –  ou seja, ao reivindicar um personagem histórico para si, um líder, ou “quem chegou primeiro a que lugar” estão afirmando suas identidades. Com o texto e as reflexões em aula, entendi que, para criarmos a nossa identidade, nos ornamentamos de roupas, jóias, maquiagem e cabelo que nos caracterizem como pertencententes de um determinado grupo.
 

 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

quem sou eu?

Meu nome é Natália, mas naquele dia meu nome era Laura, L-A-U-R-A, eu escrevia na cartolina. E achava o nome lindo, tão lindo que queria que fosse meu. Mãe tem como mudar de nome depois de grande? Os meus cinco anos queriam saber.

Foi na Casa de Cultura Mário Quintana que eu entrei bonita, Laura da cabeça aos pés. Usava brincos.

Esperei e entrei. Tuc, Tuc tuc, o meu sapato de salto também queria mostrar para a platéia que estava ali.
O arrepio gelado da minha barriga mandava os meus olhos desviarem a atenção, mas essa era eu, não Laura.

E foi Laura quem falou.

Os aplausos Laura deixou para mim, assim como o sorriso do meu avô e as flores da minha mãe.

Da casa de Cultura levei a saudade dos amigos  e algo a mais, que não soube explicar.

Foi no dia que Natália Professora entrou na sala e os pares de olhos olharam, escutaram e disseram, sem abrir a boca, que era disso que Natália sentia falta.


Na inscrição para o vestibular, Letras. Eu e Laura ficamos felizes.